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Fotografias para o fim do mundo | Parte VI

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Ou sobre quando se torna necessário reparar

Vamos pensar um pouco mais nas fotografias que deixaremos para o futuro. Se considerarmos que nosso fim está mesmo próximo, poderíamos tentar limpar nossa barra apagando imagens que nos causam medo, vergonha ou repulsa? Saberíamos lidar com o seu completo esquecimento?

Perguntei para alguns professores, pesquisadores e artistas, a maior parte convidados do Paraty em Foco, qual imagem eles eliminariam da história. Os relatos descritos abaixo nos falam de apagamentos de fatos ou do uso da imagem como um evento em si mesmo, ou ainda sobre sua função histórica e política.

Muitas dessas situações podem nos envergonhar, mas parece que antes de destruí-las, deveríamos pensar melhor sobre o que estamos fazendo por aqui. Em Sobre o conceito de história [1], Walter Benjamin nos diz: “Nunca há um documento da cultura que não seja, ao mesmo tempo, um documento da barbárie. E, assim como ele não está livre da barbárie, assim também não o está o processo de sua transmissão, transmissão na qual ele passou de um vencedor a outro. (O materialismo histórico) considera como sua tarefa escovar a história a contrapelo.”

Olhar para a história ao revés, no caso desta nossa pequena série destinada ao apagamento, pode significar não deixar que elas entrem no curso do tempo como se fossem eventos ‘naturais’, como se as coisas acontecessem deste modo simplesmente. Para nós, produtores e consumidores da fotografia, cabe sempre refletir que este passado aqui exposto não é estático, não para de ser, não se interrompe, ainda é. Talvez este seja um modo de ou tentarmos encontrar alguma reparação para algumas destas imagens escolhidas, ou dar novo fluxo para outras naquilo que tradicionalmente chamamos de história da fotografia.

 

Prisão de Abu Ghraib, Iraque, 2003.

Prisão de Abu Ghraib, Iraque, 2003.

Lua Cruz e Felipe Russo: “Uma imagem para o fim do mundo, aquela que nos envergonhamos de ter visto, de saber que existe ou existiu, e pior, que muito provavelmente continuará a ser produzida. Uma imagem que os arqueólogos do futuro vão acreditar ser  costume nas nossas relações. Uma imagem que não saiu da nossa cabeça apesar do inconveniente e da repulsa que causa. A triste imagem realizada por soldados americanos na prisão de Abu Ghraib, em Bagdá, no Iraque. Escolhemos essa fotografia representando todo o grupo de outras, que vazaram na internet e estamparam capas de jornais, exibindo cruelmente o que os heróis combatentes lutando contra o terrorismo também estavam construindo em seu tempo livre. O que incomoda profundamente nessa imagem, além do obsceno ato de crueldade, é o gesto do fotógrafo, a intenção de quem segurava a câmera. É assustadora a forma como essa imagem, no seu ato de criação, se aproxima do uso mais belo e simples da fotografia, a fotografia que celebra, que guarda no álbum memórias de momentos que não queremos esquecer. Os soldados em Abu Ghraib celebravam seu poder, seu controle, sua supremacia. Produziam souvenires, imagens de turismo nos porões da tortura em Bagdá. Uma imagem repugnante, um ato repugnante. Esperamos que o arqueólogo do futuro encontre essa imagem e compreenda que ela foi um deslize social bruto, no qual o fotógrafo e o fotografado se aproximam intimamente de monstros, com o mesmo nível de culpa. Realizar ou registrar com a intenção de celebrar uma atrocidade é igualmente lamentável. Imaginem o que esses arqueólogos vão pensar da gente!”

 

Iraque, 2002.

Iraque, 2002.

Fernando Fogliano: “As fotografias obtidas com auxilio do satélite para apresentar as armas de destruição em massa que nunca foram encontradas no Iraque me dão medo (Iraq Failing to Disarm).”

 

Gustavo PellizzonConfesso que é bem complicada essa missão de escolher algo para apagar do tempo, da história… Não sei se vale, mas é uma imagem, aliás várias, disponíveis no YouTube. São imagens de celular da execução de Saddam Hussein que representam o que acredito ser vergonhoso para nossa sociedade, o ódio. Além de incentivar o extremismo e atitudes radicais. Quando vejo essas imagens realmente fico confuso quanto a que período e sociedade vivemos. Imagens de celular que hoje denunciam ditaduras e opressões também propagam e exibem algo que não acredito que deveria estar ocorrendo nos nossos tempos. Me faz refletir que sociedade vivemos e o que realmente os homens querem por aqui… O radicalismo, a intolerância e o ódio é o que se propaga. Saddam Hussein propagou tudo o que para mim essas imagens acabam gerando, outros radicais.”

 

As cabeças dos cangaçeiros do grupo de Lampião, 1938.

As cabeças dos cangaçeiros do grupo de Lampião, 1938.

Eder Chiodetto: “Adolescente, vi essa imagem num livro. Tremi todo ao pensar em fotografias como troféus!”

 

Morte de Vladimir Herzog, 1975.

Morte de Vladimir Herzog, 1975.

Denise Camargo: “À boca miúda se dizia que pessoas eram torturadas. Entendi que era preciso silenciar o assunto. Não sabia bem, mas decidi, enfaticamente, que não mais cantaria “eu te amo, meu Brasil, eu te amo!” à sequência do hino nacional, no pátio da escola, perfilados todos diante da bandeira, mão direita ao peito. A diretora percebeu. Mas só conseguiu dizer que era de bom tom, ao menos, usar o uniforme, que levava na lapela uma fitinha verde-amarela. Ia vestida, então, mas nada de hino ou Dom & Ravel. Muda. Anos mais tarde, essa imagem do Wlado, o Wladimir Herzog, torturado e morto pela ditadura militar, faz falar aquele gesto. Apagá-la da história me livraria daquela sensação que ficou em mim? Ao que parece, herdei mais. Por conjunções de um destino, a lenda que se conta é que minha primeira câmera fotográfica fora dele. Cito de uma memória um pouco vã. Nunca apurei esse fato. Mas este, sim, manteria indelével. Relíquia entre os meus guardados, para sempre, para além das imagens.”

 

As ministras israelenses Limor Livnat e Sofa Landver eliminadas da foto oficial, 2009.

As ministras israelenses Limor Livnat e Sofa Landver eliminadas da foto oficial, 2009.

Ricardo Hantzschel: ”Quando você falou em uma foto para apagar da história, me veio a cabeça a imagem oficial dos ministros israelenses que foi alterada por um jornal sionista ultra ortodoxo, que não concorda/atura/se conforma com o fato de mulheres conquistarem essa posição. Lembra bastante as alterações analógicas de fotos de dirigentes dos regimes totalitários (China, URSS, Cuba, etc), que por circunstâncias políticas tiveram sua imagem suprimida, numa tentativa de seus desafetos de reescrever a história. No caso do jornal israelense o que se manifesta é o inconformismo radical de base religiosa, que não admite o sexo feminino conquistando espaços tradicionalmente reservado aos homens.”

 

Google Street View, 2011.

Google Street View, 2011.

Garapa: ”Quando se decide apagar uma fotografia, o que se anula de fato? Uma imagem já vista não tem como desaparecer, se o tivesse todo papel do observador na teoria quântica teria de ser revisto. A gota d´água que cai no meio do oceano sem que ninguém a veja, não caiu. Então o que eliminamos ao atentar contra uma imagem? A foto que queremos apagar é, na verdade, uma foto feita para apagar outra. Ao registrar o centro da cidade com seu carro-câmera, a Google optou por limpar uma parte da cracolândia em São Paulo. Quando usamos o Street View na Rua Helvétia, quase na esquina com a Alameda Dino Bueno podemos ver os diversos usuários de crack ao longo da primeira rua, mas basta apertar a setinha que nos leva adiante para que a rua se esvazie com a chegada de uma viatura policial.”

 

Hiroshima, Japão, 6 de agosto de 1945 (Sipa Press).

Hiroshima, Japão, 6 de agosto de 1945 (Sipa Press).

Alexandre Belém e Georgia Quintas: ”Quando pensamos numa imagem para suprir este pedido, pensamos na hora neste evento. Não gostamos da ideia de apagar uma fotografia da história… Tentaríamos apagar o acontecido”.

 

Nick Ut: Vietnã, 1972.

Nick Ut: Vietnã, 1972.

Claudia Jaguaribe: ”Acho difícil responder porque as fotos que nos envergonham são as que mais precisamos rever para não esquecer. De qualquer forma acho que uma foto que sempre me angustiou é a da menina queimada por Napalm Kim Phuc, foi feita em junho de 1972 por Nick Ut no Vietnã.”

Patricia Gouvea: “Sem dúvida eu gostaria de eliminar a foto da menina queimada pela bomba de Napalm, se fosse possível voltar no tempo e este ‘evento’ nunca ter acontecido na história do Planeta Terra…”

 

Sebastião Salgado: Êxodos, 1996.

Sebastião Salgado: Êxodos, 1996.

Fernando Schmitt: “Abria mão, não sem alguma dor, da beleza triste dessa imagem do Sebastião Salgado. Gostaria que o futuro sombrio que ela projeta não se concretizasse, gostaria de achar companhia para a criança na cadeirinha arranha-céu.”

 

Michael Wells: Uganda, 1980.

Michael Wells: Uganda, 1980.

Armando Prado: “O desafio da fome continua a ser nosso grande problema.”

 

China, 2011 (Getty Image).

China, 2011 (Getty Image).

Adelaide Ivanova: ”Minha escolha não foi exatamente pelo valor (ou desvalor) da foto. Não quis mandar uma foto de desgraça (a primeira coisa que veio na minha cabeça foi Hitler, devo confessar), mas acho que essas coisas são pra ser lembradas, e não esquecidas. Aí que me lembrei: esses dias estava vendo uma reportagem sobre o dono da Apple, e fiquei chocada com as imagens do lançamento do iPad 2 mundo afora, feitas no começo desse ano. Além das filas quilométricas, compostas por gente que até acampou, os atabacados que conseguiam comprar saíam histéricos de dentro das lojas, como se tivessem adquirido o elixir da vida eterna. Essa imagem (era um vídeo) não saiu da minha cabeça. Quer dizer, fiquei aqui pensando nos abilolados que somos. E fiquei pensando também: se daqui a não sei quantos mil anos, se a terra estiver sendo reconstruída por uma geração mais humana de humanos, eles vão olhar pra essas fotos e dizer: afe,que bando de zé mané… Esta foto que sequer sei quem é o autor (só que é da Getty e, sinceramente, não importa, uma vez que não é uma foto incrível), foi feita em Beijing, em março desse ano, horas antes do lançamento do iMerda.”

 

Rubens Fernandes Junior: “Bem difícil esta questão: apagar uma imagem da historia da fotografia. Acabo de folhear inúmeros livros de história e compêndios coletivos de fotografia. Ainda fico horrorizado com as imagens de guerra, com alguns exageros do flagelo humano, com algumas fotografias de devastação da natureza, com asco das mais bizarras, entre muitas outras sensações. Continuo enojado com as fotografias que documentam o nazismo e sua liderança, ou até mesmo algumas imagens da política brasileira. Mas, ao mesmo tempo, valorizo sua importância para a história – da fotografia e da humanidade. Veja que ironia, acabamos de fazer um livro sobre o fotógrafo Guilherme Gaensly e, mesmo depois de tanta pesquisa, não encontramos um retrato desse fotógrafo de enorme importância para a iconografia paulistana. Ou seja, o excesso de imagens pode destruir nossa atenção e nosso foco, mas a falta delas não permite que tenhamos acesso a determinadas figuras importantes ou até mesmo alguns momentos emblemáticos do cotidiano mundial ou local. Quero lembrar Susan Sontag quando afirma que as fotografias, mesmo as mais simples e despretensiosas, com o tempo, acabam adquirindo um status de raridade. Portanto, como pesquisador, vejo as imagens flutuando em minha memória – algumas vibrantes, outras esmaecidas, outras distantes e desinteressantes – mas não tenho condições de apagá-las da nossa memória coletiva. Essas fotografias foram e continuam sendo vistas por todos os olhos do mundo e não me sinto qualificado para retirar alguma de circulação. Penso sim em deixá-las no limbo do esquecimento.”

 

Ronaldo Entler: “Antes da Lívia, Chris Marker já havia previsto o fim do mundo em La Jetée (1962), e também a redescoberta de nosso tempo por uma espécie de arqueólogo do futuro, em Sans Soleil (1983). Alguém já viu Chris Marker? Já houve boatos de que ele não existia, ou de que não passava de um pseudônimo por trás do qual se escondiam vários autores. Alain Resnais disse uma vez que Marker era um extraterrestre. Seus dados biográficos são controversos e frequentemente desmentidos. Quando a imprensa pede uma foto sua, recebe um retrato de Guillaume, seu gato, quase um alter-ego seu. Uma de suas últimas aparições públicas foi na forma de um avatar no Second Life. Quem acompanha seu trabalho sabe que Marker é uma entidade inapreensível. Alguns raros retratos seus podem ser encontrados: ele é visto de longe, em segundo plano, atrás da câmera. Essas imagens não deveriam existir e, por isso mesmo, sempre desaparecem na complexidade de seu personagem. Enquanto rodava seu documentário Tokyo Ga (1985), Wim Wenders encontrou Marker em um famoso bar chamado “La Jetée”, no distrito de Shinjuku. Episódio um tanto inverossímil. Mas, de fato, Marker conhece bem o Japão: realizou ali boa parte das imagens de Sans Soleil. Wenders não resistiu e apontou sua câmera para ele. Dizem que depois de pronto o filme, teve que enviar ao colega um pedido de desculpas. Vemos primeiro os desenhos de um gato e de um pássaro, outra figura importante para Marker. Depois, seu rosto surge por alguns poucos segundos numa espécie de obturação lenta e acidental, o abrir e fechar de uma cortina que, ainda assim, não consegue fixar sua imagem. É outro retrato que quase foi feito, e que também não deveria, caso pudesse existir.”

 

Galeria Experiência, 2011.

Galeria Experiência, 2011.

Galeria Experiência: “Pensamos que não gostaríamos de apagar nenhuma fotografia da história. Não sentimos necessidade de questionar a existência desta ou daquela imagem, pois podemos nos envergonhar de um fato ou uma pessoa, mas não da existência da imagem que representa ou mostra simplesmente algo que existiu. A discussão que levantamos aqui, por outro lado, foi pensando sobre a quantidade de imagens produzidas hoje em dia (o Flickr atingiu 6 bilhões de fotos em agosto) e o arquivamento de todo esse material. Qual é a necessidade de se guardar tanta imagem? Teremos tempo de consumir e absorver tudo isso? Nós, aqui na Galeria Experiência, guardamos todas as imagens que produzimos, pois acreditamos que muitas delas podem não ter nenhum uso ou sentido para a gente hoje, mas não sabemos que novos significados elas podem adquirir no futuro. Mesmo sabendo que possivelmente as nossas fotos arquivadas podem nunca ser usadas no futuro, seguimos optando pela sua manutenção. Mas será que não poderíamos deletar algumas? Por que este apego? Achamos que toda imagem produzida tem o seu porquê, um propósito para ser criada. Decidimos então, ao invés de apagar uma foto da história da fotografia (ou do nosso arquivo), criar uma imagem para ser deletada. Percebemos que dessa forma poderíamos praticar o desapego que não conseguimos aplicar às outras imagens. Afinal, esta imagem nasceu com este claro propósito: o de ser deletada. Esta imagem que enviamos, pode ser deletada para sempre sem prejuízo dos nossos sentimentos. Mas ficamos com uma pulga atrás da orelha: e se deletássemos absolutamente tudo o que produzimos até hoje? O que perderíamos com isso de fato?”

 

Cia de Foto: “Antes de escolhermos a fotografia que tiraríamos do mapa, gostaríamos de icluir uma que aqui na Cia nunca foi vista. É a fotografia da mãe de Roland Barthes, através da qual ele concebe a “Câmara Clara”, obra fotográfica feita em 48 dias, formada assim por 48 capítulos, escritos um  a cada dia. “ […] eu debatia-me no meio de imagens parcialmente verdadeiras e, contudo, totalmente falsas. Dizer de uma foto“é quase ela!” era para mim mais doloroso do que dizer de uma outra:“não é nada ela” […] Observei a menina e encontrei finalmente a minha mãe […] o lugar que ela docilmente ocupara sem se mostrar nem se esconder […] tudo isso transformara a pose fotográfica nesse paradoxo insustentável e que ela sustentou durante toda a sua vida: a afirmação de uma doçura.[…] justamente uma imagem, mas uma imagem justa. Assim era, para mim, a Fotografia do Jardim de Inverno.” É insuportável a ideia do mundo acabar sem conhecermos essa foto. E pior, seria muito injusto, com  toda a história da fotografia, ela não ser vista pelos arqueólogos e historiadores que, você nos garante, virão à sucata desse mundo, ainda com tempo e atenção para o que teria sido essa linguagem. Foi através dessa foto que Barthes clicou o “selvagem” Puctum – “o amor extremo”, “o acaso que nos punge”– e, clicou também o Studium – “a nossa cultura”, “uma espécie de investimento geral”, “é verdade mas sem acuidade particular ”, “ardoroso”, “o nosso saber”. É nessa foto que ele flagra a compreensão do “isso foi”, é e será. Ali, ele indica o diacrônico de toda fotografia, assim como, a sua polissemia inadestrável. É nesse livro que ele disse “ele esta morto e vai morrer”. Fica aqui o nosso apelo espasmódico para que esses curiosos do pós-mundo tenham a Fotografia do Jardim de Inverno a mostra (!), em nossa breve história. Aqui jazerá feliz a Cia de Foto!”

 

Henri Cartier-Bresson: Behind the Gare Saint-Lazare, 1932.

Henri Cartier-Bresson: Behind the Gare Saint-Lazare, 1932.

Gui Mohallen: “Essa imagem concentra muito do que não acredito na fotografia. Uma fotografia voltada para si mesma, uma eloquência de linguagem cuja eficiência é muito menor do que os dogmas em que ela se encarcera. A fotografia como operação cerebral, uma astúcia, que leva mais a uma fetichização do próprio fotógrafo e do ato fotográfico do que a um olhar sobre aquilo que ela se propõe a ‘ver’. Nesse sentido a geometria protege tanto o fotógrafo quanto o fotografado. Quem é esse cara? O que ele pensa sobre o que fotografa? Qual o discurso por trás desse olhar? O fotógrafo não se afeta, não recebe? O que mais me irrita na herança de Bresson é a condução desse olhar que não vai nem para uma realidade do outro, nem para o íntimo do fotógrafo, mas que celebra antes de tudo um convite a saborear um savoir-faire de uma técnica (cá entre nós, já bastante irrelevante).”

 

Daguerre: View of the Boulevard du Temple, Paris, 1839.

Louis Jacques Mandé Daguerre: View of the Boulevard du Temple, Paris, 1839.

Eduardo Queiroga: “O que seria do mundo se a Fotografia não existisse?”

 

[1] BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994.

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Convite do Paraty em Foco para editar o blog do festival em 2011. Propus uma série de sete posts intitulada Fotografias para o fim do mundo, um diálogo com a ideia acerca do Futuro da Fotografia, tema do evento.


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